A cromoblastomicose é uma micose crônica que acomete a epiderme, a derme e o subcutâneo. É caracterizada por lesões geralmente em nódulos e placas verrucosas que podem ulcerar. Ocorre mais frequentemente em homens com ocupações ao ar livre e que andam descalços.
A infecção acontece pela introdução traumática do fungo na pele que penetra após a inoculação, pode ser ocasionado por diversos tipos de diferentes espécies de fungos e o agente mais comumente isolado é a Fonsecaea pedrosoi. Infelizmente, a cromomicose não é uma doença de notificação compulsória, sendo, por isso, pouco conhecidos os seus dados epidemiológicos no território brasileiro.
A patologia apresenta evolução crônica que, se não diagnosticada precocemente, pode causar inúmeros problemas para o paciente como, por exemplo, a dificuldade no manejo da terapia devido à característica recrudescente da doença; a baixa qualidade de vida e a incapacidade para o trabalho. As lesões usualmente situam-se nos membros inferiores, menos frequentemente nos membros superiores e raramente na região glútea e na região da face. Excepcionalmente, têm sido observadas lesões no tronco, no pescoço, no nariz, na pálpebra e na orelha. Isso justifica a apresentação de novo caso desta micose de localização auricular